Empresários saem em passeata em BH para reclamar do peso dos impostos
14. abr, 2014
Uma passeata diferente das que vêm ocorrendo em Belo Horizonte ao longo dos últimos meses chamou a atenção de quem passou ontem pela Avenida Brasil, entre a Praça da Liberdade e a Tiradentes, na Região Centro-Sul. Centenas de empresários aproveitaram o 30º Congresso Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, que ocorre na capital mineira, para protestar contra a alta carga tributária no país.
Para se ter ideia, do primeiro minuto do ano até o início da noite de ontem, os brasileiros já pagaram quase R$ 500 bilhões em tributos, segundo estimativa do impostômetro, criado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e instalado no Centro da capital paulista para alertar a população sobre o peso dos impostos no país. É a segunda vez que empresários fazem uma passeata pelo mesmo motivo em BH. A primeira ocorreu em maio de 2000 e foi organizada pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
De lá para cá, a carga tributária aumentou Naquele ano, o peso dos impostos correspondeu a 30,03% do Produto Interno Bruto (PIB). Já em 2013, a soma de todos os tributos somou R$ 1,7 trilhão, o correspondente a 36,25% do PIB, conforme cálculo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). O peso dos impostos é o tema principal do congresso que ocorre em BH – e será encerrado hoje, no Minascentro – e cujo tema, em alusão à proximidade do feriado de 21 de abril, é “A inconfidência do comércio”.
“Continuamos com uma carga tributária altíssima. Em 1792, Tiradentes morreu por ter liderado uma revolta contra o quinto, que eram os 20% de impostos destinados à Coroa. Mais de dois séculos depois, continuamos com uma carga tributária altíssima. Essa é uma situação que precisa ser combatida”, afirmou o presidente do Sindilojas-BH, Nadim Donato Filho. Ele e outros empresários percorreram a Avenida Brasil com matracas nas mãos, semelhantes às usadas em procissões no interior do país.
O ponto alto do ato simbólico foi a fixação de miniforcas ao redor da estátua do alferes José Joaquim da Silva Xavier (1746-1792), na esquina das avenidas Afonso Pena e Brasil. Cada cruz simbolizava um imposto. O presidente-executivo do IBPT, João Eloi Olenike, alerta que a sociedade não tem o retorno devido do imposto pago, como mostra o Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade (Irbes), criado pelo IBPT e que compara 30 países. O Brasil foi o último colocado, com pontuação de 135,34, atrás da Argentina (24º colocado) e do Uruguai (13º).
NA LANTERNA O primeiro colocado foi os EUA, com 165,78 pontos. O índice leva em conta o percentual da carga tributária sobre o PIB, a educação, a saúde, a renda média do trabalhador e o desenvolvimento econômico das nações. O indicador é calculado há cinco anos, e o Brasil sempre ocupou a última posição.
Fonte: EM
Empresários saem em passeata em BH para reclamar do peso dos impostos II
Por ocasião do 30º Congresso Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, que nesta edição ocorreu na capital mineira, o Sindetur-PR, se fez presente, e como, não poderia ser diferente esteve acompanhando o protesto contra a alta carga tributária no país.
“Não podemos mais ficar observando todas essas manobras tributarias acontecendo para o benefício de um grupo de maus intencionados. Se as entidades representativas empresariais não se organizarem, assim como, toda a classe que as mesmas representam, cada vez mais, vamos ver os governos em todas as esferas, se apropriarem de todo o quinhão que conseguimos com tanto esforço em nossa luta cotidiana”. “Ou damos um ultimato nessa “Corja de Elite”, ou, estaremos fadados a ver conquistas escrupulosas irem para as mãos de inescrupulosos”. Conclui o Sr. Ademir Barboza, Diretor Executivo do Sindetur-PR.
Fonte: Sindetur-PR
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