quarta-feira, 24 de abril de 2013

Tecnologia x burocracia


Tecnologia x burocracia

Entenda como o governo do Reino Unido está transformando sua relação com a sociedade por meio da informatização dos serviços públicos

iG São Paulo - especial para IBM
Thinkstock
Será o fim da burocracia?
Nos dias de hoje em que a tecnologia se torna cada vez mais acessível, as possibilidades de uso de recursos informatizados nos órgãos públicos são bastante variadas. Em 2009, o Reino Unido saiu na frente e lançou uma política governamental para o uso de tecnologia da informação nos serviços públicos. Chamada de “Digital Britain”, a estratégia de governo tinha como objetivo tornar o país líder na economia digital.
O projeto começou com a criação de um plano que garantisse acesso banda larga para toda a população do país. Agora, o governo trabalha na criação da “G-Cloud”, uma estrutura nacional de computação em nuvem que tem como objetivo armazenar os dados dos cidadãos, aumentando a eficiência dos órgãos públicos e diminuindo custos.
Uma das aplicações práticas da G-Cloud que o governo já estuda implementar é a digitalização de todo os formulários e documentos usados pelo sistema de saúde do país. O Reino Unido espera que em 2018 esse processo já esteja concluído, acabando com a necessidade de grandes arquivos e possibilitando o compartilhamento de informações entre médicos de diferentes localidades, dando mais agilidade ao atendimento.
Benefícios de um governo mais inteligente
A decisão inglesa de unificar a infraestrutura dos seus órgãos públicos conectando-os por meio da computação em nuvem tem como foco quatro grandes benefícios: agilidade, eficiência, colaboração e sustentabilidade.
O acesso rápido e descomplicado às informações dos cidadãos elimina burocracias desnecessárias, aumentando a agilidade na resposta às demandas. E isso está diretamente ligado ao segundo beneficio citado, a eficiência: com menos burocracia é possível atender mais pessoas em menos tempo, otimizando os serviços dos órgãos públicos.
A computação em nuvem também permite que todos os funcionários do sistema público estejam conectados, possibilitando a troca de conhecimento e criando um ambiente colaborativo. Por fim, anuvem é verde : diminuir a quantidade de papel consumido e hardware utilizado nas repartições públicas diminui significativamente a emissão de carbono.
Um benefício não citado pelo governo inglês e que não pode ser deixado de lado é a diminuição nos custos. Ainda que o investimento na criação de uma rede única seja alto, a necessidade de se ter diversos contratos com diferentes empresas acaba. No primeiro ano da implementação da G-Cloud, por exemplo, o Reino Unido economizou mais de 150 mil libras (por volta de R$450 mil) e a expectativa é que a economia se repita neste ano.
E o Brasil?
O Brasil ainda está engatinhando na informatização de seus serviços públicos. Anunciado em 2010, o Plano Nacional de Banda Larga tem como objetivo garantir acesso a internet para todos os brasileiros. Porém, o programa é limitado à questão da infraestrutura e não propõe avanços na prestação de serviços ao cidadão.
É possível observar algumas iniciativas locais nesse quesito. O Estado de São Paulo, por exemplo, possibilita que o agendamento parte dos serviços realizados pela rede Poupatempo (como a renovação da carteira de habilitação e a 2ª via do RG) seja feito via internet. No entanto, não existe nenhuma política do governo estadual que busque a digitalização das informações dos cidadãos em um banco de dados único.
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